
Mais um texto do Batata, do fundo do báu, fechado às 16:38 do dia 13 de Setembro de 2001, três dias antes dele completar 61 anos. Nesta foto montagem, usei como pano de fundo a paisagem que ele via todos os dias. Tirou mil fotos deste plano. Até parece que ele retorna à sua velha casa pra tomar umas e outras com os amigos.
Gente chegando. Os vizinhos chegam montados, em carroças ou charretes. Soltam os animais no piquete atrás da capela. Arreata pendurada no telheiro perto da caixa d água.
Os homens chegantes logo formam “rodinhas”. Caçoadas e risadas. Alegria no encontro de camaradas. Cigarrões de palha azulam o ar parado.
As mulheres se aproximam com recato. Em primeiro, entram na capela para honrar o andor da Virgem. Trazem flores e ramos. Júbilo da Páscoa. Perfumes agrestes agradecem o dia festivo. As meninas acompanham as mães. Os moleques correm lá fora.
As confissões terminaram Padre Geraldo anuncia a saída da procissão. Duas filas paralelas são formadas. Homens à direita, mulheres na outra. O padre abre o préstito Carrega o ostensório e vai debaixo do baldaquino de cetim vermelho. Segurando as lanças do baldaquino estão oito fazendeiros da “Ordem de Cristo”. Vestem ópas vermelhas, também de cetim. Crianças vestidas de anjinhos vão logo atrás. O bloco das senhoras do “Apostolado da Oração” puxam as rezas Os Congregados Marianos a as “Filhas de Maria” orientam os cantos O andor de Nossa Senhora Aparecida está entre esses dois blocos e é carregado por oito homens que se revezam Vem a fila das crianças. Em seguida, a dos homens e mulheres casados. As duas alas dos solteiros fecham a procissão.

Refeito o susto, refizeram a procissão que ficou cheia de risos.
No jantar, padre Geraldo comentou: “Aquela vaca Fumaça me abriu o apetite”. Tudo acabou bem. A bezerra parida se chama Procissão. Linda...
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